quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Interatividade

BH 360º


Pois é, parece que chegou o último trabalho de Photoshop, né? A experiência com o programa foi realmente muito proveitosa. O mapeamento acima é um panorama da Praça do Papa. A imagem foi feita a partir de uma sequência de fotos da praça, tiradas todas num mesmo plano, em um mesmo lugar. idéia era fazer um mapemanto geral, que encobrisse o fluxo, a iluminação e o uso do local, e que também discutisse a praça sob uma visão arquitetônica.

A imagem mostra o uso da praça, representado pelos meninos soltando pipa, os corações de namorados, pelos números voando (4:20, que representam a droga na praça), o próprio Papa João Paulo Segundo, que deu nome ao luga, e os cocos. A iluminação claramente foca o Papa, que está no ponto mais alto da praça, e também é estourada nos caminhos que podemos andar. Já o fluxo, além de ser representado em conjunto com a iluminação, é também observado nas manchas cinzas e negras no chão, onde existe um maior fluxo de pessoas.

"Lições" para a vida


O primeiro livro passado para nós foi o "Lições de Arquitetura", de Herman Hertzberger. O livro é dividido em três grandes partes, e eu vou lendo a medida que tenho tempo.

A primeira parte do livro, Domínio Público, nos traz a idéia do que é o público e o privado mas ao mesmo tempo rompe esse rótulo. "Uma área de rua com a qual os moradores etão envolvidos, onde marcas individuais são criadas por eles próprios, é apropriada conjuntamente e transformada num espaço comunitário".
A idéia de que cuidamos e geramos um vínculo com o lugar que ajudamos a criar também é bem destacada. Quando a comunidade se sente responsável por um espaço público passa a se relacionar e se identificar com ele o que faz com que cada membro passe a contribuir para manutenção desse local e, consequentemente, passa a contribuir para que esse local seja utilizado por todos.
As condições de vida passam a ser bem melhores quando as pessoas têm espaços comunitários onde possam conviver e criar relações, onde as crianças possam brincar sem perigo. Para provar isso o autor mostra diversos conjuntos habitacionais onde a própria rua se transforma nesse espaço de convivência, gerando até restrições quanto ao trânsito de automóveis e priorizando os pedestres e moradores locais. O dilema é respeitar a privacidade dos habitantes e sugerir áreas de convívio mútuo para que as pessoas não se fechem dentro do "privado", mas também não percam todas as carecterísticas e se transformem em um "público" completo.

O resto do livro eu ainda vou ler e comentar aqui, mas a minha "primeira" impressão", pelo menos da primeira parte do livro, é que se trata de alguém com muita visão, e muita compreensão das sensações humanas. Gostei muito da forma com que o autor aborda determinadas questões sobre os relacionamentos humanos e o jeito com que ele consegue passar isso através da arquitetura. Já aprendi muito!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Christian Moeller


Para começarmos nossas discussões em sala de aula sobre "interatividade" na arquitetura, fomos orientados pelos professores a pesquisarmos sobre Christian Moeller. Logo descobri que é um importante arquiteto e artista alemão, que ainda está vivo, e que suas obras vão me ajudar muito nesse período. O site oficial de Moeller nos mostra seus mais novos trabalhos, sempre com vídeos expkicativos bem simples, gostei dos trabalhs logo na primeira vez que os vi.


É muito bacana a forma com que Christian Moeller trabalha o tempo e o espaço de suas instalações, elas são sempre muito pertinentes, dando a impressão de que realmente pertencem aquele lugar, já que foram construídas para tal. Moeller faz, na maior parte dos seus trabalhos, um jogo entre a interação máquina-homem e também homem-homem, como por exemplo na instalação "Do Not Touch". Todas as suas obras tem circuitos relativamente simples, mas que nos fazem pensar muito. Única coisa que deixou a desejar, na minha opinião, foi o site. Um artista do porte de Moeller, fazendo o que ele faz, trabalhando com mídias contemporâneas e novas tecnologias deveria ter se preocupado mais em construir um site que passasse essa interação logo de cara, e não deixar um html mal feito passar uma mã impressão.

As duas fotos deste post são de intervenções de Christian Moeller, são elas, respectivamente: "Daisy" e "Mojo".

Enxergando o futuro?


Para dar início ao termo "interatividade" nos foi sugerida uma visita ao Oi Futuro: Museu de Telecomunicações. O museu é bancado pela Oi, uma das maiores empresas de telecomunicação do Brasil, e fica no prédio matriz, na Av. Afonso Pena. O espaço do museu é muito pequeno, mas nem por isso deixa de ser interessante. O espaço foi projetado por Gringo Cardia (ver post), e ficou tudo muito bonito. O museu apresenta as informações de maneira inovadora, dando o controle do recebimento dos fatos ao visitante, por meio de um aparelho remoto, recebido na entrada do museu.



Eu achei tudo bem interessante, as informações são apresentadas de maneira clara, o que não impede a boa qualidade, o ambiente é muito agradável (ainda mais nesse calor!), mas acho também que a ideia do museu não me conquistou completamente. Apesar de apresentar a história como uma evolução que ainda não acabou, eu sinto que aquele espaço não apresenta a liberdade necessária para que a exposição seja aumentada daqui a algum tempo com o nosso presente. É tudo muito bonito lá, mas é só um museu para observarmos o passado das telecomuniações. E não como deveria ser: "Observar o passado, enxergar o futuro e aprender o presente".

A arte da rua, fora da rua.


Sem parar de andar, nossa próxima visita foi à Serraria Souza Pinto, onde era o palco da I Bienal Internacional do Graffiti, uma idéia original, mas que gerou muitas controvérsias. O grafitti nasceu de uma evolução da pichação, nasceu na rebeldia, no subúrbio, nos becos escuros. Um pichador sabe que seu spray é é mais que um simples objeto, é o pincel e a tinta juntos, mas também é um intrumento de expressão, de grudar suas idéias em uma parede. Foi em tão que surgiu o grafitti, como um embelezamento, transformando aquilo que antes era feio, sujo, em arte, e que agora todo mundo gosta. Surge então a primeira questão: Seria o Grafitti uma arte, uma técnica de pintura, como todas as outras?


A partir do momento que você joga dentro de uma galeria uma determianda manisfestação que surgiu justamente por não fazer parte do circuito cultural, por não ser uma arte como as outras, por ser livre e rebelde, você quebra com a verdadeira intenção do grafitti. Na minha opinião a Bienal "matou" o grafitti, ou se não estamos vivendo uma revolução na área, onde todos os artistas de agora renovaram o significado de sua arte.



Todas as fotos deste post foram retiradas do site oficial da Bienal do Graffiti: www.bigbh.com.br. Se quiser saber mais, vale a pena a visita.



Visitando Niemeyer


Sexta passada, nós, do primeiro período, fizemos uma visita ao Museu de Arte da Pampulha, o MAP. O prédio foi projetado por Oscar Niemeyer para ser um glamouroso cassino da cidade, e funcionou para este fim durante muito tempo. Durante a visita estavam em exposição trabalhos de dois artistas que não podiam ser fotografados, e por isso não estão aqui. Depois da visita "leiga" tivemos uma reunião do lado de fora onde discutimos o museu do ponto de vista de estudantes de arquitetura para depois refazermos a visita com outros olhares, e registrarmos alguns pontos interessantes que acharmos.


Entrar em uma obra tão importante para um período da arte, e tçao importante na vida de um dos maiores arquitetos do mundo, foi uma experiência muito legal pra mim. A primeira impressão, no entanto, foi de que o lugar estava deslocado. Aquilo tudo parecia viver uma outra época, ou uma outra situação. Era um lugar grande, imponente, elitista, e não um museu, era um lugar sensual, e não um prédio com esse uso. Se hoje ali funcionasse um cassino, ou uma casa de festas com certeza seria muito mais intensa as sensações lá vividas. A mistura de materiais me encantou, mas não encaixa bem para um Museu de Arte. A obra, com seu objetivo inicial, é PERFEITA.


No meio da visita fomos orientados a buscar, em dupla, por cinco detalhes no Museu que chamavam nossa atenção. Eu e a Camila escolhemos nossos cinco, que foram: 1º - Duas colunas que ficam lado a lado (foto no fim do post). 2º - Área do espelho do banheiro feminino. 3º - Pequena peça de metal que erve como divisória para os espelhos da parede. 4º "Sobra" de concreto na laje da entrada (foto abaixo, 4ª). 5º - Parede no fundo do Museu (onde a Lorena está posando, nas fotos abaixo).





As fotos do post são, respectivamente: Azuleijos do Museu. Lateral esquerda da fachada. Turma concentrada na escada. Lateral direita da fachada. Sala de dança. Modelo da turma. Frente do Museu. Estátuas do contorno do prédio. Colunas de um corredor. Vista traseira. Detalher da frente do MAP.

Um novo espaço!


FINALMENTE FICOU PRONTOOOOO! Depois de corridíssimos três dias de trabalhos infinitos conseguimos seguir o prazo, e inaugurar um novo espaço na Escola de Arquitetura. a NOSSA sala de plástica


O trabalho da vez era reformar a sala de plástica da E.A., trabalho que já está virando tradição para os alunos do primeiro período. Então foi isso, chegou nossa vez, e nós conseguimos fazer tudo de uma forma muito boa. Fizemos vários espaços que estão ao mesmo tempo juntos e separados. A sensação só pode ser toda transmitida com uma visita, então, estão todos convidados!


A experiência foi muito boa, mesmo! Trabalhamos em conjunto, pensamos em conjunto e depois comemoramos em conjunto. Depois de ler o livro Lições de Arquitetura, de Herman Hertzberger, nada melhor do que por todas aquelas idéias em prática. Tentamos fazer espaços com demarcações claras e ao mesmo tempo que se integrassem, para que a sala ficasse como UMA sala, e não um conjunto de espaços. Deixamos também as ideías aflorarem, para as pinturas das paredes, o que deixou tudo lá com um toque da sala, de cada um que ajudou. No final vimos que tudo foi bom para todo mundo, e vimos que é no limite que trabalhamos melhor! Espero mais e mais...




As fotos são: 1- Turma inteira reunida, no dia da inauguração. 2- O teto da área de descanso. 3- 2º dia, pintura de algums paredes. 4- Paredes começando a ficarem prontas. 5- Projeto da reforma, desenhado no quadro 6- Fundo da sala, parede do ateliêr. 7- Fundo da área de aulas e discussões. 8 - Quadro na área de descanso. 9 - Sala para projeções

domingo, 7 de setembro de 2008

Desvio para o vermelho II


Depois das críticas (boas e ruins) recebidas pelo primeiro mapeamento eu resolvi refazê-lo, e aqui está a versão final. Para quem não sabe do que se trata tem um post de uns 5 dias atrás explicando tudo. A idéia continuou a mesma, e as representações também.

Fiquei muito satisfeito com o resultado final! É muito bom ver como eu aprendi "rápido" e como esse método do "Se vire" funciona!!

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Uma celebração do fazer

O Palácio das Artes conta com várias galerias que sempre estão com lindísimas exposições. Antes da sugestão dada pelo professor Cristiano eu já tinha visitado a exposição atual, que está lá ocupando as três principais galerias.


"A exposição Seu Sami, de Hilal Sami Hilal, fica aberta de 8 de agosto a 14 de setembro nas galerias Alberto da Veiga Guignard, Genesco Murta e Arlinda Corrêa Lima. Nela Hilal presta uma homenagem ao pai, que perdeu aos 12 anos, e cuja ausência imprimiu muito precocemente em sua vida a noção de vazio. A exposição revela as suas memórias e estabelece um paralelo entre luz e sombra; entre o vazio e a matéria. A ausência do pai resultou na busca de um novo norte, de um novo caminho, que foi aos poucos sendo substituída pela arte. “Pela arte, enquanto amparo, como um abrigo para a falta que sentia da figura paterna”, diz Hilal, ao destacar que “foi a arte que viabilizou a construção do sujeito”. A obra de Hilal, construída ao longo de 30 anos, “é uma celebração do fazer”, diz o curador. Caracteriza-se pela leveza das formas, seja nos rendilhados, nascidos do papel elaborado pelo próprio artista a partir de trapos de tecidos, seja nos trabalhos em metal, onde dele retira o peso, transformando-o numa espécie de brocado. Paulo Herkenhoff, curador da exposição, destaca que a obra de Hilal tem que ser vista como uma poética de construção singular de um discurso de articulação de sentidos específicos. “O artista é o homo faber do símbolo poético. O seu trabalho está impregnado de referências da história da arte, memória psíquica, ação da libido, aspectos teóricos da psicanálise (com especial interesse no pensamento de Lacan), e valores espirituais cristão e islâmico, já que a família Hilal é de origem síria”."
(texto adaptado do site www.palaciodasartes.com.br)


Tive ótima impressões do artista! A primeira sala que visitei foi realmente surpeendente, chegava a ser assustador o contraste entre os ambientes claros das pontas com o breu total no meio, gostei muito! Na segunda sala, onde víamos vários "livros" de metal, também achei muito original as criações em ferro e algodão de Sami, e finalmente, na terceira sala, vi uma das obras mais bonitas da minha vida. A foto abaixo é um pedaço da exposição, que mostrava vários livros ligados por suas próprias páginas, e espalhados pelo chão. Valeu, e muito, a visita.


terça-feira, 2 de setembro de 2008

Idéias engatinhando...


A imagem acima é a primeira fita aque fiz para se transformar em um panorama. O tema do meu trabalho era o grupo de arquitetos Mecanoo. Daqui a alguns dias disponibilizarei aqui a versão final do trabalho, informações sobre o Mecanoo, detalhes da figura apresentada bem como um vídeo do panorama "funcionando".

=)