quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Uma celebração do fazer

O Palácio das Artes conta com várias galerias que sempre estão com lindísimas exposições. Antes da sugestão dada pelo professor Cristiano eu já tinha visitado a exposição atual, que está lá ocupando as três principais galerias.


"A exposição Seu Sami, de Hilal Sami Hilal, fica aberta de 8 de agosto a 14 de setembro nas galerias Alberto da Veiga Guignard, Genesco Murta e Arlinda Corrêa Lima. Nela Hilal presta uma homenagem ao pai, que perdeu aos 12 anos, e cuja ausência imprimiu muito precocemente em sua vida a noção de vazio. A exposição revela as suas memórias e estabelece um paralelo entre luz e sombra; entre o vazio e a matéria. A ausência do pai resultou na busca de um novo norte, de um novo caminho, que foi aos poucos sendo substituída pela arte. “Pela arte, enquanto amparo, como um abrigo para a falta que sentia da figura paterna”, diz Hilal, ao destacar que “foi a arte que viabilizou a construção do sujeito”. A obra de Hilal, construída ao longo de 30 anos, “é uma celebração do fazer”, diz o curador. Caracteriza-se pela leveza das formas, seja nos rendilhados, nascidos do papel elaborado pelo próprio artista a partir de trapos de tecidos, seja nos trabalhos em metal, onde dele retira o peso, transformando-o numa espécie de brocado. Paulo Herkenhoff, curador da exposição, destaca que a obra de Hilal tem que ser vista como uma poética de construção singular de um discurso de articulação de sentidos específicos. “O artista é o homo faber do símbolo poético. O seu trabalho está impregnado de referências da história da arte, memória psíquica, ação da libido, aspectos teóricos da psicanálise (com especial interesse no pensamento de Lacan), e valores espirituais cristão e islâmico, já que a família Hilal é de origem síria”."
(texto adaptado do site www.palaciodasartes.com.br)


Tive ótima impressões do artista! A primeira sala que visitei foi realmente surpeendente, chegava a ser assustador o contraste entre os ambientes claros das pontas com o breu total no meio, gostei muito! Na segunda sala, onde víamos vários "livros" de metal, também achei muito original as criações em ferro e algodão de Sami, e finalmente, na terceira sala, vi uma das obras mais bonitas da minha vida. A foto abaixo é um pedaço da exposição, que mostrava vários livros ligados por suas próprias páginas, e espalhados pelo chão. Valeu, e muito, a visita.


Um comentário:

Raul Corrêa disse...

Odieeeeeeei essa jorra. x.X