domingo, 24 de agosto de 2008

Quem te viu, quem te vê



Depois de algumas aulas (e trabalhos) mexendo no PhotoShop, finalmente chegou a hora de discutirmos o porquê do uso do programa. Muita gente questiona o ponto em que chegamos na fotografia e na manipulação de imagens, até onde chegaremos na busca de uma perfeição que nunca será alcançada, como a linha do horizonte. O texto de Benjamin Junior, fotógrafo profissional, e amante da profissão, faz um comentário que gostei muito ler, e disse assim: "os pilares que sustentaram o meu trabalho estabeleceram limites que, na atualidade, são facilmente ultrapassáveis com a tecnologia". E é um argumento muito polêmico!

Como tudo na vida, o PhotoShop também tem seus dois lados, o bom e o ruim. Eu não conheço muito de fotografia analógica, mas sei que pra se tirar uma foto boa é preciso, além de um bom equipamento e muita paciência, de um talento que é insubstituível. Ou era. Com a evolução das mídias eletrônicas, o computador principalmente e de programas de manipulação de imagens (sendo o mais famoso deles, nosso querido PhotoShop) o talento que antes era dom de poucos foi cruelmente substituído por um tutorial do programa, que todos podem ler e aprender.


Na minha opinião o que houve foi uma evolução da arte da fotografia, do modo com que o trabalho é apresentado. Antes o fotógrafo bom era aquele que dominava completamente a arte do timing da fotografia e os materiais corretos para encontrar uma boa iluminação, foco, e principalmente uma boa revelação. Hoje um bom fotógrafo é aquele que consegue aliar seu talento com o obturador à sua habilidade de manipular, aperfeiçoar sua foto com o computador, seja pelo PhotoShop ou qualquer outro software de manipulação. O profissional tem que evoluir junto com o mundo ao seu redor, e agora a fotografia depende do PhotoShop, não tem outro jeito.

O mundo, com isso, passa a exigir um nível de perfeição muito maior, e que como eu já disse, nunca será alcançado. Os programas evoluem cada vez mais e cada vez mais nos vemos diante de imagens que estão longe de se parecer com a realidade, e é aí que mora o perigo. O bom fotógrafo, o bom designer, o bom publicitário, e finalmente, o bom arquiteto é aquele que sabe equilibrar na apresentação de seu trabalho, sem se deixar levar pela cobrança da perfeição que não existe nesse mundo real.



As imagens deste post foram retiradas do site Worth1000, que está na minha lista de favoritos. No site existem várias imagens modificadas com o PhotoShop que valem a pena a visita!

Um comentário:

Nathali Padovani disse...

ce sabe q eu adoro elefante ne?
tao bunitiiiim...